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Treinar em Jejum Faz Mal? Desvendando Mitos e Verdades

Treinar em jejum é uma prática que ganhou popularidade nos últimos anos. Algumas pessoas afirmam que essa estratégia pode ajudar a queimar mais gordura e melhorar o desempenho físico, enquanto outras acreditam que pode ser perigoso para a saúde.


Neste artigo, vamos explorar os prós e contras de treinar em jejum e ajudar a determinar se essa prática é adequada para você.


Treinar em Jejum Faz Mal? Desvendando Mitos e Verdades


Os prós de treinar em jejum


Quando você fica sem comer por um período prolongado, seu corpo precisa encontrar uma fonte alternativa de energia para continuar funcionando. É aí que entra a gordura armazenada no seu corpo.


O processo pelo qual o corpo converte a gordura em energia é chamado de "lipólise". Durante a lipólise, as células de gordura (também conhecidas como adipócitos) liberam ácidos graxos na corrente sanguínea.


Esses ácidos graxos são então transportados para as células musculares e outros tecidos do corpo, onde são usados como combustível para produzir energia.


O processo de lipólise é regulado por hormônios como a adrenalina e o glucagon, que são liberados em resposta ao jejum. Esses hormônios sinalizam às células de gordura que é hora de liberar os ácidos graxos na corrente sanguínea.


Uma vez que os ácidos graxos são transportados para as células musculares, eles passam pelo processo de "beta-oxidação", que é o processo pelo qual as células quebram os ácidos graxos em moléculas menores para produzir energia.


O resultado final da beta-oxidação é a produção de ATP, que é a molécula de energia usada pelo corpo para realizar atividades como caminhar, correr e até mesmo respirar.


Em resumo, durante o jejum, o corpo usa a gordura armazenada no corpo como fonte de energia. Isso é possível graças ao processo de lipólise, que libera ácidos graxos na corrente sanguínea, que são transportados para as células musculares e outros tecidos para produzir energia por meio do processo de beta-oxidação.


Treinar em Jejum Faz Mal? Desvendando Mitos e Verdades

Treinar em jejum tem se tornado uma prática popular entre aqueles que buscam aprimorar seus resultados físicos. Além de ser uma ótima maneira de aumentar o gasto calórico durante o treino, também traz benefícios para a saúde. Um desses benefícios é a melhora da sensibilidade à insulina.


Durante o jejum, o corpo usa a gordura como fonte de energia. Quando treinamos em jejum, isso é ainda mais evidente, pois o corpo precisa de energia para realizar o exercício e usa a gordura como combustível. Isso ajuda a reduzir a resistência à insulina e melhora a sensibilidade à insulina.


Outro benefício é a redução da inflamação. O jejum ajuda a reduzir a inflamação no corpo, o que pode levar a uma melhor recuperação pós-treino.


A inflamação crônica pode levar a uma série de problemas de saúde, como doenças cardíacas, diabetes e obesidade. Portanto, reduzir a inflamação pode ser muito benéfico para a saúde geral.


É importante lembrar que treinar em jejum não é para todos e pode não ser apropriado para algumas pessoas. É sempre importante consultar um profissional de saúde antes de iniciar qualquer nova prática de exercício ou dieta. Mas, para aqueles que estão aptos e saudáveis ​​para praticar o treino em jejum, os benefícios podem ser significativos.


como a prática pode ajudar a perder peso e melhorar o desempenho físico

Quando treinamos em jejum, o corpo é obrigado a usar as reservas de gordura como fonte de energia, já que não há glicose suficiente disponível. Isso pode levar à perda de peso, uma vez que estamos queimando gordura armazenada.


Além disso, treinar em jejum pode ajudar a melhorar o desempenho físico, pois o corpo aprende a se adaptar a condições de baixo estoque de glicogênio e, consequentemente, melhora a sua capacidade de utilização de gordura como fonte de energia.


Outro benefício importante é a melhora na sensibilidade à insulina.


Quando estamos em jejum, os níveis de insulina estão baixos e o corpo é mais sensível a ela quando o alimento é ingerido, o que pode levar a uma melhor regulação do açúcar no sangue. Isso é especialmente importante para pessoas com resistência à insulina ou diabetes.


Além disso, treinar em jejum pode ajudar a reduzir a inflamação no corpo. A inflamação crônica pode ser um fator contribuinte para várias doenças, como doenças cardíacas e diabetes.


Durante o jejum, o corpo produz menos radicais livres e citocinas pró-inflamatórias, o que pode levar a uma redução da inflamação no corpo.


No entanto, é importante lembrar que treinar em jejum não é recomendado para todos. Pessoas com problemas de saúde, como diabetes, doenças cardíacas ou distúrbios alimentares, devem evitar essa prática. Além disso, é importante ouvir o seu corpo e não forçar a prática do jejum caso você não se sinta confortável com isso.


Os contras de treinar em jejum


Embora treinar em jejum possa trazer benefícios, é importante lembrar que também pode aumentar o risco de hipoglicemia (baixa de açúcar no sangue) e desmaios durante o exercício. I


sso ocorre porque, sem a ingestão de alimentos, os níveis de glicose no sangue podem ficar muito baixos, deixando o corpo sem energia suficiente para a atividade física.


Portanto, é importante que indivíduos que desejam praticar exercícios em jejum falem com um profissional de saúde para avaliar se essa prática é adequada para eles e como devem ajustar sua rotina alimentar e de exercícios para evitar riscos à saúde.


Além disso, é importante que essas pessoas monitorem de perto seus níveis de glicose no sangue durante o exercício e interrompam imediatamente a atividade física caso sintam tonturas, fraqueza ou outros sintomas que possam indicar hipoglicemia

Treinar em Jejum Faz Mal? Desvendando Mitos e Verdades

Quando se treina em jejum, existe a possibilidade de haver perda muscular e redução da força, principalmente se o treino for intenso e prolongado.


Isso ocorre porque o corpo pode começar a quebrar as proteínas musculares para produzir glicose, a fim de suprir as necessidades energéticas durante o exercício.


Para evitar essa perda muscular, é importante que a alimentação pré-treino seja adequada e forneça os nutrientes necessários para a manutenção da massa muscular, como proteínas e carboidratos complexos.


Além disso, a suplementação com aminoácidos de cadeia ramificada (BCAAs) também pode ajudar a preservar a massa muscular durante o exercício em jejum.


É importante ressaltar que a perda muscular e a redução da força não ocorrem em todos os casos e dependem de diversos fatores individuais, como a intensidade e duração do treino, o tipo de exercício realizado e a alimentação pré-treino.


Por isso, é recomendável que se consulte um profissional de educação física ou nutricionista para orientação adequada antes de adotar a prática de treinar em jejum.


Dicas para treinar em jejum com segurança


Para iniciar o treino em jejum, é importante fazê-lo gradualmente e monitorar os níveis de açúcar no sangue para evitar riscos de hipoglicemia. Comece fazendo exercícios leves em jejum e aumentando a intensidade ao longo do tempo.


Antes do exercício, é recomendável consumir alimentos ricos em carboidratos de baixo índice glicêmico, como frutas, pão integral ou iogurte grego. Após o treino, é importante fazer uma refeição equilibrada contendo proteínas, carboidratos e gorduras saudáveis para ajudar na recuperação muscular e fornecer energia ao corpo.


É importante ressaltar que antes de iniciar a prática de treino em jejum, é recomendável consultar um profissional de saúde, especialmente para pessoas com histórico de problemas de açúcar no sangue ou outras condições de saúde. Além disso, se houver algum sintoma de tontura, fraqueza ou desconforto durante o exercício, é importante parar imediatamente e buscar ajuda médica.


Sugestões de alimentos para comer antes e depois do exercício


Antes do exercício:

  • Frutas frescas, como banana ou maçã

  • Aveia ou granola com leite ou iogurte

  • Ovos mexidos ou omelete com vegetais

  • Torrada integral com abacate e um ovo pochê

  • Smoothie de frutas e vegetais com proteína em pó

Depois do exercício:

  • Proteína magra, como frango grelhado, salmão ou tofu

  • Carboidratos complexos, como arroz integral, batata-doce ou quinoa

  • Legumes e verduras frescas, como brócolis, couve e cenoura

  • Frutas frescas ou secas, como banana, tangerina ou ameixa

  • Shake de proteína com leite ou iogurte e frutas


Lembre-se de que as necessidades nutricionais variam de pessoa para pessoa, por isso é importante encontrar o que funciona melhor para você e seu corpo. Além disso, é sempre uma boa ideia consultar um nutricionista para obter orientações personalizadas sobre sua dieta.


Conclusão:

Treinar em jejum pode ter seus benefícios, mas também apresenta riscos e desafios. É importante fazer uma transição gradual para essa prática e monitorar os níveis de açúcar no sangue. Além disso, é fundamental consultar um profissional de saúde antes de iniciar a prática.


Combinando o treinamento em jejum com uma dieta saudável e equilibrada, é possível alcançar resultados satisfatórios em termos de perda de peso e melhora do desempenho físico.


Compartilhe este artigo com seus amigos que estão considerando o treinamento em jejum como uma opção para atingir seus objetivos de fitness e saúde. Eles podem encontrar informações valiosas e importantes neste artigo para ajudá-los a tomar uma decisão informada e segura.


 

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Referências:

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  3. Leidy, H. J., Mattson, M. P., & Campbell, W. W. (2017). Effects of intermittent fasting on body weight and metabolism over 50 y: an interpretation of current scientific data. The American Journal of Clinical Nutrition, 105(5), 1067-1076. doi: 10.3945/ajcn.116.151771

  4. Tinsley, G. M., & La Bounty, P. M. (2015). Effects of intermittent fasting on body composition and clinical health markers in humans. Nutrition Reviews, 73(10), 661-674. doi: 10.1093/nutrit/nuv041

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